A partir da Terceira Revolução Industrial, a automatização no chão de fábrica tem se desenvolvido cada dia mais, com processos e máquinas inteligente e avançadas. O que algum dia fez parte apenas de filmes, como “Tempos Modernos”, hoje já faz parte das indústrias e os robôs industriais são peças fundamentais nesse processo.
Robôs industriais são máquinas que desempenham tarefas que necessitam de esforços repetitivos, precisão, resistência, rapidez e força. Ele pode mover ferramentas, dispositivos especiais, peças e outros itens. Optar por um robô industrial aumenta a produtividade e reduz os custos da empresa.
Além dos robôs industriais tradicionais, existem também os robôs colaborativos, aqueles que trabalham em parceria com os humanos, o que traz mais conforto e segurança para os funcionários. Afinal, nada mais enfadonho e cansativo do que fazer gestos repetitivos como encaixar uma peça no mesmo lugar. Então, por que não deixar um robô fazer esta tarefa, enquanto o funcionário fica responsável por gerenciar o trabalho ou assumir outra atividade com maior valor agregado?
Robôs industriais: Quais são os tipos que existem?
Existem diferentes tipos de robôs industriais. Dependendo dos seus sensores e softwares, podemos dividi-los em quatro categorias:
Robô não servo
Usado, principalmente, para carga e descarga. Este robô industrial costuma pegar um objeto, transportar e colocar em outro lugar.
Robô servo
Este é mais flexível e possui maior movimento. Ele possui apêndices robóticos que funcionam como os braços e as mãos de um robô e por isso desempenha funções variadas.
Robô programável
Este robô industrial armazena comandos em um banco de dados, o que significa que pode repetir uma tarefa num pré-determinado número de vezes.
Robô programável por computador
Estes robôs industriais, como o próprio nome diz, podem ser controlados remotamente através de um computador.
Outras características
O robô industrial pode ter sua base fixa, ou móvel, dependendo de qual função ele exercerá. Ele podem ser articulados na vertical – o mais comum – , cartesiano, SCARA, cilíndrico, polar e delta.
Como surgiu o primeiro robô industrial
Apesar de terem se popularizados por conta da demanda dos processos automatizados, acredita-se que o primeiro robô tenha sido desenvolvido na Idade Média, pelo engenheiro francês Jacques Vaucanson. Ele criou um robô biomecânico que tocava flauta.
O termo “robô” foi introduzido em 1920, 30 anos antes de sua criação, por Karel Capek, um escritor checo. Ele escreveu uma peça de ficção científica que nomeou de “Os Robôs Universais de Rossum”. O termo “robô” foi embasado na antiga palavra eslava robota que pode significar “trabalho monótono ou forçado.” A peça teatral contava a história de uma fábrica que fazia pessoas artificiais, chamadas de roboti.
O primeiro robô industrial surgiu na década de 50, pelas mãos do engenheiro norte-americano George Devol. Ele projetou o Unimate, um dispositivo de braço robótico que automatizava tarefas em uma fábrica da General Motors em Nova Jersey.
A Unimation, empresa fundada por Devol, foi a primeira fabricante de robôs. O robô foi inicialmente visto como forma de entretenimento, mas logo começou a se desenvolver como uma ferramenta fundamental na produção industrial.
Já convencidas do potencial de uso da robótica nas fábricas, durante a década de 80, grandes empresas passaram a investir na produção de robôs. Victor Motta, da Universidade de Stanford, desenvolveu o primeiro braço mecânico com motor instalado diretamente nas junções do braço. Esta mudança fez com que os movimentos se tornassem mais rápidos e precisos, e possibilitou o uso de robôs em funções mais complicadas, como a de montagem e soldagem.
Dez anos mais tarde, um robô humanóide, chamado de Asimo, é lançado pela Honda. E a Sony coloca no mercado o Aibo, que seria o primeiro de uma série de robôs animais que chegariam ao mercado.
Principais aplicações dos robôs industriais
Os robôs industriais foram inicialmente criados para executar tarefas comuns. Hoje em dia, eles são multifuncionais. Podem ser reprogramados para exercer diversas funções nos mais diferentes segmentos da indústria. Algumas aplicações típicas dos robôs industriais são de: fundição, pintura, soldagem, montagem, movimentação de cargas, inspeção de produtos, reconhecimento de imagem, e realização de teste.
Com a migração para a indústria 4.0, a ideia é que a robótica esteja cada vez mais presente na linha de montagem – e fora dela. As máquinas inteligentes (smart machines) já estão garantindo o seu espaço!
De acordo com a Federação Internacional de Robótica, o setor da indústria deve adquirir 400 mil robôs industriais, em 2019. No Brasil, serão 3.500 novas unidades nas fábricas – um número ainda tímido na era da fabricação digital.
A maior fabricantes de robô industrial é a japonesa FANUC, com 400 mil robôs instalados no mundo. Em seguida estão a Yaskawa, também japonesa, e a ABB, sueca, com 300 mil robôs instalados. Também se destacam as dinamarquesa, Universal Robots e Mobile Industrial Robots, pelo seu alto nível de tecnologia e confiabilidade.
Robôs industriais X humanos: Será que é realmente uma disputa?
A robotização da indústria se espalha para todos os setores, e sempre que este assunto vem à tona, o problema é sempre o mesmo: e os postos de trabalho? Os robôs não vieram para acabar com o trabalho humano.
Estimativa do Boston Consulting Group (BCG) indica que o número de empregos deve aumentar 6% nos próximos dez anos. A demanda por funcionários no setor de engenharia mecânica deve subir ainda mais, cerca de 10%.
Novos trabalhos são criados para gerenciar os equipamentos e cuidar dos toques finais, que as máquinas são incapazes de fazer. Por mais inovador que uma fábrica automatizada seja, ela é incapaz de tomar decisões sozinha!